quarta-feira, 30 de junho de 2010

Internautas entre 6 e 14 anos já são 12% da população online brasileira

Reportagem
Redação do IDG Now! Tecnologa em primeiro lugar
Publicada em 30 de junho de 2010

Estudo divulgado pela comScore com foco no Brasil aponta que 40,7 milhões de pessoas acessaram a Internet de casa ou do trabalho em maio.
Os internautas entre 6 e 14 anos já representam cerca de 12% do total da população online brasileira, quase se igualando ao total de usuários com 45 anos ou mais. É o que revela pesquisa divulgada nesta quarta-feira (30/6) pela empresa de métricas web comScore.

Segundo o levantamento, realizado com dados de maio de 2010, esses usuários gastam seu tempo na web em atividades de entretenimento (25% do tempo online), mensagens instantâneas (22%) e redes sociais (15%).

Para a comScore, havia em maio, no Brasil, 40,7 milhões de usuários únicos de Internet com 6 anos ou mais, com acesso a partir de suas casas ou locais de trabalho. Considerando outros locais de acesso, como universidades e lan houses, por exemplo, essa população supera 73 milhões, afirma a empresa.

Os números nacionais aproximam-se dos divulgados por outra empresa de pesquisas, a Ibope Nielsen Online. Em maio, segundo a empresa, o Brasil teve 37,3 milhões de usuários ativos de Internet. Considerados todos os tipos de acesso, o total de usuários do País foi de 67,5 milhões em dezembro de 2009.

De acordo com a segmentação realizada pela comScore, os brasileiros entre 15 e 34 anos representam a maior parte dos usuários - 56,1% do total. Crianças e adolescentes de 6 a 14 anos somam 4,8 milhões (11,9%). Os usuários com 45 anos ou mais representam 13,3% do total.

A comScore também segmentou os visitantes únicos de Internet no Brasil de acordo com a região em que vivem. Sob este aspecto, o Sudeste lidera, com 67% dos visitantes, seguido pelo Sul (14,2%) e pelo Nordeste (10,7%). A região Centro-Oeste tem 6,1% dos usuários e a Norte, 2%.

Curso de extensão UniRitter - julho 2010

AMBIENTES VIRTUAIS COMO RECURSO PEDAGÓGICO
Ementa: Capacitação e atualização em “Ambientes Virtuais como Recurso Pedagógico”.
Ministrante: Ligia Sayão Lobato Coppetti
Público-alvo: Alunos dos cursos de Pedagogia, das Licenciaturas e profissionais da área da educação.
Pré-Requisitos: Pertencer à área da educação
Carga Horária: 10 horas/aula
Local: UniRitter/Porto Alegre
Data e Horário: 14 e 16 de julho de 2010, das 13h30min às 16h50min, tendo mais 2 horas de EaD
Número de Vagas: mínimo 10, máximo 30 alunos
Informações:(51)3230 3391

terça-feira, 15 de junho de 2010

Redes sociais sem faixa etária

Reportagem Estadão.com.br
11 de junho de 2010
Por Agências

As redes sociais não são uma exclusividade das pessoas com menos de 40 anos. Mais de 25% dos norte-americanos com 50 anos ou mais se mantêm conectados a sites como Facebook, Twitter e MySpace, de acordo com uma pesquisa. E mais de metade dos adultos com idade entre 50 e 64 anos se declaram bons conhecedores da internet.

“Os dados mais recentes nos dizem que as redes sociais estão se tornando cada vez mais uma parte da vida cotidiana, para os norte-americanos com 50 anos ou mais, e especialmente para a geração do baby boom (os nascidos entre 1946 e 1964),” disse Kevin Donnellan, vice-presidente de comunicação da AARP, responsável pela pesquisa.

A poderosa organização de aposentados norte-americanos afirmou que o Facebook é, por larga margem, o mais popular entre os sites de redes sociais, seguido por MySpace, LinkedIn e Twitter.

Cerca de um quarto dos norte-americanos mais velhos participam do Facebook, sendo que 73% deles dizem usar o serviço para se manter em contato com parentes, mas não apenas com filhos e netos.

“Eles usam a internet para acompanhar o mundo e também as pessoas que lhes são importantes,” disse Jean Koppen, autora do estudo.

Ela acrescentou que os adultos mais velhos estão no Facebook para se manter conectados não apenas com suas famílias, mas com seus amigos e colegas.

Cerca de 50% dos adultos mais velhos foram apresentados aos sites de redes sociais por um membro da família, em geral, um filho ou neto.

“Pouco menos de um quinto dos adultos com 50 anos ou mais dizem não usar a internet,” afirma o relatório.

As constatações se baseiam em uma pesquisa por telefone com 1.863 adultos. Além de manter contato via Facebook e Twitter, os adultos mais velhos também estão cientes das mais recentes tecnologias.

Do total de entrevistados, 83% ouviram falar e 11% planejam comprar o iPad, principalmente para navegar na web, ler notícias, revistas e livros, trocar fotos e assistir a filmes e programas de TV.

Em relação à popularidade da internet na geração com idade superior a 50 anos, revistas e jornais em papel continuam a ser sua fonte preferencial de notícias. Apenas 1% deles disse acompanhar blogs.

(REUTERS)

Internet e tecnologia digital ajudam alunos a aprenderem Física

Reportagem do Instituto Claro
11.06.10
Por Vanessa Costa


Neste laboratório interativo, é possível simular o cálculo
de meia-vida de vários elementos químicos



Game ajuda a entender a física dos corpos estelares


A Física é uma das disciplinas do ensino médio que mais afligem os alunos. Uma das principais razões para isso é a dificuldade de muitos estudantes em relacionar suas leis e fenômenos com o cotidiano. E o pior: muitos acreditam que a Física se resume a um conjunto de fórmulas que precisa apenas ser memorizado.

Contra essa corrente, o projeto "A Física e o Cotidiano", da Secretaria Estadual de Educação da Bahia, busca desmistificar essa visão distorcida da disciplina, trazendo os fenômenos da Física mais para perto do dia a dia do estudante por meio da tecnologia digital e da Internet. O programa venceu o edital do Ministério da Educação ao final de 2008 para desenvolver conteúdo digital específico para a disciplina, e posicionou a Bahia como um dos principais estados do país produtores de conteúdo para o ensino público na internet. O programa pode ser acessado por meio do endereço http://ambiente.educacao.ba.gov.br/

Para fazer dos fenômenos físicos algo mais palpável aos alunos, o projeto usa a cultura e paisagem regionais não somente como pano de fundo para as animações, vídeos, jogos e áudios que podem ser baixados, mas também como proposta pedagógica para os exercícios.

"Em um dos experimentos educacionais, por exemplo, a idéia é construir um fogão solar, algo que poderia ser utilizado em qualquer região da Bahia e do Nordeste. Em outro, o aluno assimila os conceitos da refração da luz por meio do fenômeno do arco-íris", diz Alfredo Matta, professor de Tecnologia da Informação da Universidade Estadual da Bahia e um dos idealizadores do "A Física e o Cotidiano".

O programa foi desenvolvido por uma equipe de seis professores e educadores da Secretaria e é composto por quatro ambientes diferentes: um repositório de informações, onde está o conteúdo da matéria; os ambientes de aprendizagem; os sistemas de apoio - como textos para a leitura e guias pedagógicos; e uma rede social, para troca de informações. Atualmente, professores e alunos, não só da Bahia mas de todo o país, podem baixar gratuitamente 20 objetos virtuais - entre animações que reproduzem experimentos laboratoriais, vídeos e áudios - sobre diversos campos da Física (mecânica, óptica, ondas, gravitação etc). "A meta é ter mais objetos disponíveis, entre eles jogos em RPG. Serão ao todo 11 objetos audiovisuais; 13 áudio-webs; 30 experimentos educacionais em laboratórios virtuais (animação) e 43 softwares educacionais", diz Matta.

O número de visitações tem refletido a boa aceitação do programa. Segundo Matta, são cerca de 20 mil ao dia, e existem objetos que foram baixados mais de 400 vezes. A Secretaria estima que cerca de 70% da rede de ensino da Bahia já esteja usufruindo do programa em seus laboratórios de informática. "O projeto foi desenvolvido para ser autoexplicativo. Mesmo assim a Secretaria também vai desenvolver um curso para ajudar os professores da rede a tirarem o melhor proveito do conteúdo digital", diz.

O professor de física Alex Vieira dos Santos, do colégio Luiz Pinto de Carvalho, em Salvador (BA), já adotou o "A Física e o Cotidiano" em seus planos de aula. "O material é rico e tem muita qualidade. O importante é ter em mente que a tecnologia não é a aula, mas sim um instrumento que pode potencializar a relação ensino/aprendizado". Para Vieira, a inserção da tecnologia digital no plano de aula funciona melhor se obedecer a um planejamento anual, de acordo com o programa pedagógico da escola. "Usar os objetos virtuais de forma aleatória pode não ser produtivo. O aluno precisa de orientação". Os conteúdos criados pelo projeto estão também disponíveis no Portal do Professor, do Ministério da Educação.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Professores usam apenas recursos mais simples do computador

Noticia:
27/12/2009
Agência UOL em Brasília

Acesso: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u671725.shtml

Uma pesquisa realizada pela Fundação Victor Civita em 400 escolas de 13 capitais brasileiras mostra que os professores ainda dão preferência aos programas mais simples, quando utilizam o computador com seus alunos.

Para a metade dos entrevistados, o software mais utilizado é o de edição de texto, seguido por programas de visualização de mapas e editores de apresentação.
Segundo o estudo, falta preparo aos docentes para inserir as novas tecnologias de forma eficiente dentro de sala de aula. "A atividade mais realizada pelo professor com seus alunos é editar, digitar e copiar conteúdos", aponta a pesquisa.

Para o professor do Laboratório de Novas Tecnologias Aplicadas na Educação (Lantec) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Sérgio Amaral, o investimento feito pelos governos --federal, estaduais ou municipais-- para equipar as escolas se tornam "uma estupidez" se não houver preparação dos professores para trabalhar com as tecnologias.

"Não adianta nada instrumentalizar. O computador já é uma realidade na escola, mas o problema fundamental é que o professor não utiliza o recurso como instrumento didático. É ínfimo o potencial que se está utilizando", aponta o especialista.
Segundo Amaral, a falta de preparo vem da base, os próprios cursos de graduação não preparam os futuros educadores para a tarefa.

E a maioria dos cursos oferecidos posteriormente, segundo ele, são "instrumentais". "O que o professor precisa não é de um treinamento para dominar as tecnologias da informática. Mas para aprender como usar esses recursos, qual é a didática por trás", defende.

Para Amaral, quando o recurso é mal utilizado acaba sendo apenas um gerador de despesas. "Um computador caro vira um retroprojetor". E essa subutilização tem impacto no aprendizado do aluno.
"A criança já tem contato com o mundo digital pelo celular, pelo videogame, nas lanhouses. É preciso criar a aproximação desses sujeitos [professor e aluno]. Caso contrário, o desinteresse e o distanciamento continuam sistêmicos", diz.

O estudo aponta que apenas 28% das escolas contam com um professor orientador de informática. Segundo Ângela Danneman, diretora executiva da Fundação Victor Civita, responsável pela pesquisa, esse foi o modelo adotado pelos sistema educacional brasileiro para introduzir e administrar as tecnologias nas escolas.

"Onde esse professor está, o trabalho é melhor", aponta Ângela. Mas ainda assim, em apenas 9% das escolas ele tem a função de formar outros professores. "O importante é garantir a formação de todos os professores, [o que vai] melhorar a utilização da tecnologia como ferramenta para a aprendizagem de todos os conteúdos", indica.

Graduação a distância não pode ser totalmente virtual, dizem reitores

Noticia:
03/06/2010

Karina Yamamoto*
Editora do UOL Educação em Guadalajara (México)

Acesso: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/06/03/graducao-a-distancia-nao-pode-ser-totalmente-virtual-dizem-reitores.jhtm

Mesmo com o avanço de recursos tecnológicos, a educação superior ainda exige a presença do aluno em algum ponto do processo. "Pelo menos as provas devem ser presenciais", afirma Juan Gimeno, reitor da Uned (Universidade Nacional de Educação a Distância), uma instituição de EAD (ensino a distância) que funciona há 35 anos na Espanha. "Afinal, precisamos dar confiabilidade à avaliação." Com exceção dos exames, Gimeno afirma ser "perfeitamente possível" fazer um curso somente a distância.

Já Yoloxochitl Bustamante Díez, reitora do IPN (Instituto Politécnico Nacional) mexicano, acredita que os universitários precisem de contato com tutores e monitores para se manterem plugados na graduação. "Um curso totalmente virtual só é possível para alunos mais velhos", diz. Os mais jovens, diz ela, "necessitam de presença real, apesar de serem os mais conectados às tecnologias". Além disso, a natureza do curso influencia o grau de "virtualização".

Em sua experiência, Yoloxochitl observou que as carreiras de humanas se prestam mais à EAD. Graduações que precisem de laboratórios e experimentos não se prestam à uma virtualização total. "Cursos de exatas, carreiras tecnológicas pedem atividades presenciais porque os alunos precisam olhar, tocar, ter vivência real [de alguns experimentos em laboratórios]", disse.

Preconceito em queda
Para Gimeno, que conduz uma insituição tradicional nessa modalidade de ensino, não há preconceito com os egressos de EAD. Pelo contrário: "na Espanha, há quem valorize nossos alunos por sua formação e, ainda, por sua força de vontade e capacidade de organização", disse o reitor.

O reitor da UFFS (Universidade Federal da Fronteira do Sul), Dilvo Ristoff, concorda que o tabu com esse tipo de ensino está diminuindo dia a dia. "Fiz um levantamento em 2006 com dados do Enade [Exame Nacional de Desempenho de Estudantes] e os alunos da modalidade a distância tinham desempenho semelhante ou melhor que os alunos do presencial", contou.

*A jornalista viajou a convite da organização do 2º Encontro Internacional de Reitores Universia.